Personalidade
- Essencia Cristalina
- 5 de abr. de 2016
- 3 min de leitura
Nós, enquanto seres humanos, somos uma experiência individual que nos torna especiais. Olhamos a nossa volta e percebemos a diferença entre objetos, animais e pessoas. Tudo tem uma característica que distingue uma coisa da outra. Uma cor, uma forma, uma textura, uma temperatura, um aroma, um gosto... Mas para um ser humano, além de possuir essas características que também nos dintinguem na forma (temos braços, pernas, cabeça rsrs...) tem outra coisa mais sutil e, porque não, mais importante a observar: a personalidade.

Cada ser humano desenvolve sua personalidade ao longo das diversas experiências em sua vida e esse processo começa justamente em perceber o mundo ao redor e suas várias matizes e formas distintas. Quando reagimos ao cenário que nos cerca com uma ideia de que o que percebemos foi bom ou ruim isso é registrado em uma parte de nós que podemos chamar de memória. Uma vez registrada, essa reação ao meio para nos defender das ameaças do mundo que nos cerca de forma recorrente com os mesmos padrões de estímulos e atitudes vai construindo nossa personalidade. Os estímulos são instintivos, são reflexos de sobrevivência. Um exemplo: Um bebê recém-nascido não sabe como pedir uma porção de leite materno para se alimentar. O bebê vai sentir um desconforto, mal sabe que esse desconforto é a fome ou sede. Esse desconforto vai aumentando e sua percepção do mundo a sua volta vai aumentando com o objetivo de "entender" o que está acontecendo. Ele vai começar a perceber seu corpo e usar suas ferramentas. Começa a desenvolver os conhecidos 5 sentidos humanos (audição, tato, paladar, visão e olfato) nesta fase. Provavelmente o corpo vai se mexer e ver se isso funciona. Não vai adiantar nada se não estiver alguém por perto que entenda a linguagem de sinais de um bebê recém-nascido! Se este bebê não desenvolver uma forma melhor para se comunicar estará nas mãos dos seus Anjos da Guarda de plantão e terá que torcer para eles conseguirem passar o recado para seus pais de algum modo que eles entendam. Como você sabe, a melhor ferramenta de comunicação nessas horas é o choro. Talvez os pais não gostem muito, mas me desculpem por usar o conhecido ditado: "Quem não chora não mama!" Sem o choro a mãe não percebe a necessidade de seu filho enquanto ambos não combinam outra forma de se comunicar. Bom, com esta experiência a criança aprende que quando estiver com algum desconforto pode utilizar o choro para conseguir atenção. E isso vai ser usado muitas e muitas e muitas vezes... É um movimento instintivo, necessário e fundamental. Mas a ideia que registramos é que precisamos nos proteger da fome. A fome é uma ameaça. Ela pode nos matar. Queremos viver e precisamos vencer. Custe o que custar. Este é apenas um exemplo que acontece com todos nós, seres humanos, mas as outras experiências que temos ao longo da vida não serão diferentes dessa. É uma percepção do perigo que corremos. Desenvolvemos o medo em nós para ativar o modo de sobrevivência porque acreditamos que precisamos nos proteger do meio em que vivemos. Nossa personalidade vai se formando com conceitos de que toda vez que algo acontecer igual ou semelhante a "isso" preciso fazer "aquilo" para me defender. Gostamos de pensar assim: "Toda vez que estiver em casa e tendo raios e relâmpagos no céu preciso me "proteger" escondendo as tesouras em gavetas, cobrindo os espelhos com um cobertor, tirando os aparelhos elétricos das tomadas." A gente sempre busca um padrão que foi registrado em nossa memória e com o medo ativamos o modo de sobrevivência. O modo de sobrevivência é como o piloto automático de um avião... Uma vez traçada a rota o vôo sempre vai em uma cerca direção, sem desvio de rotas, um padrão. Algumas rotinas diárias que fazemos como dirigir um veículo, tocar um instrumento, digitar em um teclado por serem tão repetitivos acabam se tornando automáticos e nem percebemos que são "inconscientes". Não precisamos "pensar" para fazer. Assim é nossa personalidade. Um registro de várias reações ao meio ambiente que ao longo da nossa vida nos torna únicos. Um ser divinamente repleto de uma espantosa e rica diversidade de experiências individuais interagindo e modificando o mundo a partir da nossa percepção do que é bom ou ruim. Em breve, irei escrever um pouco mais sobre as vantagens e desvantagens dessa personalidade e como tirar proveito deste conhecimento sem choradeira... :( Paz e Luz a todos! Roberto Pedra de Cristal - 05 de abril de 2016.
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